As infestações por pulgas e carrapatos representam uma das principais preocupações de tutores em regiões tropicais. Esses parasitas não apenas causam incômodo e alergias, como também podem transmitir doenças graves, como erliquiose e febre maculosa. Prevenir a presença desses vetores é crucial para manter o bem-estar dos animais e proteger a família, já que algumas enfermidades podem ser zoonoses.
Riscos à saúde
Pulgas alimentam-se de sangue e podem desencadear dermatites alérgicas intensas. Carrapatos, por sua vez, são capazes de transmitir agentes infecciosos. O Ministério da Saúde alerta que o controle desses parasitas reduz a propagação de doenças como a febre maculosa, presente em várias regiões brasileiras. Ambientes com vegetação densa e clima úmido favorecem a proliferação, exigindo atenção redobrada durante passeios.
Métodos preventivos
Há diversos métodos preventivos eficazes: coleiras antiparasitárias, pipetas tópicas, comprimidos orais e sprays. Cada produto possui período de ação específico e deve ser indicado por um veterinário. A Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária destaca que o uso contínuo de antiparasitários reduz significativamente a infestação, mas deve ser associado a uma estratégia ambiental.
Higiene do ambiente
A higiene do ambiente é fundamental. Lavar cobertores, aspirar tapetes e manter quintais limpos elimina ovos e larvas. Em casos graves, pode ser necessário contratar serviços profissionais de dedetização, sempre com produtos seguros para animais. Evite o contato do pet com áreas de infestação conhecida e inspecione a pelagem após passeios em matas ou campos, removendo manualmente qualquer parasita.
Sinais de infestação
Os sinais de infestação incluem coceira constante, pontos de sangue na pele, queda de pelo e presença de pequenos pontos escuros, que são fezes de pulga. Nos carrapatos, observe caroços na pele e anemia em casos de infestações intensas. Se notar esses sintomas, procure um veterinário para diagnóstico e tratamento adequados, que podem incluir banho medicamentoso e terapia sistêmica.
Mitos e verdades
É importante desmistificar soluções caseiras, como o uso de alho na alimentação, que não possuem eficácia comprovada e podem ser tóxicas. Produtos naturais só devem ser utilizados com orientação profissional. A prevenção correta é resultado de cuidados contínuos e informação de qualidade, garantindo que o pet esteja protegido o ano inteiro.
Referências
- Ministério da Saúde. Controle de vetores em animais domésticos. 2021.
- Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária. Estratégias de combate a ectoparasitas. 2020.
- CFMV. Manual de prevenção de pulgas e carrapatos. 2022.